O Rio Grande do Norte deve registrar queda na produção de feijão na primeira safra de 2024/2025, com redução de 1,7% em relação a 2023, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa segue a tendência nacional, que prevê uma safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 294,3 milhões de toneladas em 2024, volume 6,7% inferior ao registrado no ano anterior, mas 0,2% acima da projeção de outubro. 3lut
No Nordeste, a produção estimada é de 25,8 milhões de toneladas, o que equivale a 8,8% da safra nacional e aponta uma redução de 4% em relação ao ano anterior. No Rio Grande do Norte, a estimativa para a produção de feijão na primeira safra apresenta queda de 1,7% em relação a 2023. O estado também apresentou redução em outras culturas importantes, como o milho, que segue estável em relação ao mês anterior, mas com declínio anual.
O IBGE destacou que as três principais culturas – soja, milho e arroz – representam 92,1% da produção total e 87,2% da área cultivada no Brasil. A estimativa para a produção de soja em 2024 é de 144,9 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% em relação ao ano anterior. O milho, com 115,5 milhões de toneladas, deve registrar uma retração de 11,9%, enquanto o arroz apresenta crescimento de 3,1%, totalizando 10,6 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Norte, a cultura do milho também reflete essa redução, com estabilidade nas estimativas mensais, mas uma diminuição no comparativo anual. O feijão, cuja produção nacional na primeira safra deve alcançar 902,9 mil toneladas, apresentou queda no estado, assim como em outras localidades do Nordeste.
O IBGE também apresentou o segundo prognóstico para a safra de 2025, estimando um crescimento de 7% na produção nacional, que pode alcançar 314,8 milhões de toneladas. A soja deve liderar o avanço, com uma produção estimada de 163,5 milhões de toneladas, alta de 12,9% em relação a 2024. O milho da primeira safra também é destaque, com aumento projetado de 9,3%.
Para o Nordeste, o crescimento esperado em algumas culturas como feijão e milho pode trazer impactos positivos. A produção nacional de feijão, por exemplo, deve alcançar 1,2 milhão de toneladas na primeira safra, alta de 29%. Entretanto, no Rio Grande do Norte, as estimativas para culturas específicas ainda dependem de fatores climáticos e econômicos que podem alterar os resultados.
Os dados divulgados apontam que a produção do Nordeste segue representando uma parte importante da safra brasileira, mas apresenta desafios específicos. A participação da região, em relação à produção nacional, permanece estável, enquanto a produção em estados como a Bahia teve crescimento mensal de 62 mil toneladas. No entanto, outros estados, incluindo o Rio Grande do Norte, apresentaram variações negativas em culturas como feijão e milho.
Segundo o instituto, a recuperação de algumas culturas pode ser favorecida por ajustes no rendimento médio e expansão de áreas cultivadas em nível nacional. As próximas atualizações devem trazer mais detalhes sobre o impacto desses fatores nas regiões.
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